Meditação, ioga, exercícios de respiração e outras atividades de atenção plena podem ajudar crianças com transtorno do déficit de atenção e/ou hiperatividade (TDAH). Mas não são apenas as crianças que se beneficiam.
Quando os familiares de crianças com TDAH completam um programa de atenção plena junto com elas, todos podem sair ganhando, sugere um novo estudo, com potencial reforço do autocontrole e da autocompaixão, e melhora dos sintomas psicológicos.
Os achados não sugerem que as crianças devam trocar os medicamentos pela concentração no momento presente, em vez disso, o estudo agrega ao número cada vez maior de evidências de que a atenção plena pode ser uma ferramenta útil, junto com outras estratégias para crianças e adultos com TDAH, disse o psicólogo Dr. John Mitchell, Ph.D., da Duke University que não participou do novo estudo. A atenção plena pode ajudar as famílias a aliviar o estresse e a melhorar a qualidade de vida.
"Falamos do TDAH, pois uma pessoa pode ter este diagnóstico, mas não vivemos em bolhas", disse o especialista. "Estamos todos interligados e temos um impacto mútuo. E é muito importante ter tratamentos que reconheçam isso e mensurem isso na literatura científica".
O treinamento de atenção plena, que tem as suas raízes nas tradições orientais, costuma ter como objetivo ensinar as pessoas a permanecerem no momento presente e a não julgarem. Ao longo das últimas duas décadas, os pesquisadores que trabalham com depressão e outras doenças reuniram evidências de que a prática da atenção plena pode ajudar de várias formas, como pela autorregulação da atenção e das emoções. Não demorou muito para que esses achados chamassem a atenção dos pesquisadores que estudam o TDAH, disse Dr. John.
A pesquisa sobre a atenção plena para esse transtorno começou com adultos, e os resultados foram animadores, disse Dr. John. As pessoas que fazem todo o programa de atenção plena tendem a apresentar alguma melhora na concentração, impulsividade e hiperatividade, segundo os estudos. Em um pequeno estudo piloto, Dr. John e colaboradores descreveram melhora dos sintomas e na função executiva de adultos com o transtorno.
Estudos com crianças ficaram para trás, mas os trabalhos recentes têm sido promissores. Ao analisar dados de vários estudos, pesquisadores encontraram pequenas reduções na falta de atenção, hiperatividade e impulsividade de jovens com TDAH. Vários ensaios clínicos randomizados e controlados também demonstraram redução dos sintomas, de acordo com a classificação dos pais e dos professores.
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Fonte: Medscape