Complicações neurológicas graves em pacientes com covid-19 não estão limitadas a pacientes críticos, confirma nova pesquisa.
O estudo foi publicado on-line em 09 de dezembro no periódico Neurology Clinical Practice.
Incapacidade "moderadamente grave"
Para o estudo, os pesquisadores revisaram os prontuários de 74 adultos (média de idade de 64 anos) que foram hospitalizados com covid-19 e avaliados quanto a complicações neurológicas no Boston Medical Center, um hospital da rede de segurança mantido primariamente para populações desassistidas, de baixa renda e minorias étnico-raciais.
Os sintomas de covid-19 mais comuns no momento da admissão hospitalar foram tosse (39%), dispneia (36%) e febre (34%). Onze pacientes precisaram ser entubados (15%), 28 pacientes necessitaram de alguma forma de suplementação de oxigênio (38%) e 34 precisaram de terapia intensiva (46%).
Os sintomas neurológicos associados à covid-19 mais comuns na apresentação foram alteração do estado mental (53%), mialgia (24%), fadiga (24%) e cefaleia (18%).
Após a avaliação neurológica, os diagnósticos neurológicos finais mais comuns foram encefalopatia multifatorial ou metabólica (35%), seguida por convulsão (20%), AVC isquêmico (20%), transtorno primário do movimento (9%), neuropatia periférica (8%) e AVC hemorrágico (4%).
Três pacientes (4%) tiveram traumatismo intracraniano após sofrerem quedas em casa depois de apresentarem covid-19.
Dez (14%) pacientes morreram no hospital. Os sobreviventes tiveram incapacidades "moderadamente graves" na alta (a mediana da pontuação na escala Rankin modificada foi 4 pontos, com uma pontuação pré-admissão de 2) e muitos foram transferidos para instituições de longa permanência ou hospitais de reabilitação.
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Fonte: Medscape