Uma dose de reforço da vacina anticovídica pode ser benéfica para pacientes em tratamento oncológico, de acordo com novos achados de um estudo de caso-controle realizado em Israel.
A taxa de soropositividade para covid-19 entre pacientes com câncer permaneceu alta (87%) cerca de quatro meses após a segunda dose da vacina BNT162b2 (Pfizer/BioNTech). No entanto, a mediana dos títulos de imunoglobulina G (IgG) de pacientes oncológicos e controles sem diagnóstico de câncer diminuiu com o tempo. Vale ressaltar que, tanto em uma análise anterior, realizada pelos mesmos autores, como na análise em tela, os títulos de IgG foram mais baixos nos pacientes com câncer do que nos controles (de forma estatisticamente significativa).
A correlação entre os níveis de anticorpos após a vacinação e a proteção clínica ainda precisa ser comprovada, mas as evidências endossam a possibilidade de correlação entre a resposta de anticorpos e a proteção contra a doença.
"Nossos dados não podem prever se uma dose de reforço é necessária", disse o autor do estudo Dr. Salomon M. Stemmer, médico e professor do Institute of Oncology of Rabin Medical Center, em Israel. "Parece bastante lógico que uma dose de reforço aumente os níveis de IgG."
Os achados foram publicados em 11 de agosto em uma correspondência de pesquisa no periódico JAMA Oncology.
No estudo anterior, Dr. Salomon e colaboradores avaliaram a taxa de resposta de anticorpos antispike após a primeira dose da vacina BNT162b2 em 102 adultos com tumores sólidos que estavam em tratamento e compararam com a resposta de 78 controles saudáveis. Eles descobriram que uma alta porcentagem de pacientes em tratamento oncológico (90%) alcançou uma resposta de anticorpos suficiente após o recebimento da vacina BNT162b2.
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Fonte: Medscape