Pessoas com história de exposição passiva ao fumo têm maior probabilidade de apresentar câncer de boca do que aquelas que não foram expostas, segundo uma revisão sistemática com metanálise.
Pesquisadores examinaram dados de cinco estudos com um total de 1.179 casos de câncer de boca e 5.798 controles. A análise foi feita com 3.452 pessoas com história de exposição passiva ao fumo e 3.525 que não foram expostas.
No total, as pessoas com história de exposição passiva ao fumo tiveram probabilidade significativamente maior de apresentar câncer de boca (razão de chances ou odds ratio, OR, de 1,51), de acordo com o que os pesquisadores informaram no periódico Tobacco Control.
"Estima-se que a fumaça do cigarro tenha mais de 4.000 substâncias químicas e que cerca de 70 destas tenham efeitos carcinogênicos", disse o autor do estudo Dr. Luís Monteiro, Ph.D., psicólogo do Instituto Universitário de Ciências da Saúde em Portugal.
"Assim, é lógico que a fumaça liberada pela combustão do tabaco e a fumaça exalada pelos fumantes também possam agir como carcinogênicos nas pessoas não fumantes que inalam estes vapores", disse o Dr. Luís por e-mail.
História de exposição passiva ao fumo prolongada também parece aumentar o risco de câncer de boca.
Em comparação às pessoas sem história de exposição passiva ao fumo, as que foram expostas por mais de 10 ou 15 anos tiveram mais do que o dobro do risco de câncer de boca (OR = 2,07).
Com uma exposição passiva ao fumo abaixo de 10 ou 15 anos o risco foi menor, mas ainda foi significativamente maior do que na ausência de exposição (OR = 1,56).
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Fonte: Medscape