O cardiologista Dr. Ethan J. Weiss, fez jejum intermitente por sete anos. Perdeu 3,6 kg e começou a preconizar essa estratégia para os amigos e pacientes que queriam perder peso.
"Gostei da simplicidade da dieta", disse o Dr. Ethan, professor associado do Cardiovascular Research Institute, University of California, San Francisco (USF).
Mas também achou que "era bom demais para ser verdade, porque você pode comer o que quiser, desde que em um curto período de tempo".
Então, quando no ano passado o Dr. Ethan fez um ensaio clínico controlado randomizado, TREAT, testando essa abordagem – comer apenas durante oito horas por dia, jejuar as 16 horas restantes – comparada a um esquema de três refeições por dia sem restrições, ficou um tanto consternado ao descobrir que o grupo que fez o jejum não perdeu mais peso do que o outro grupo.
A abordagem utilizada neste estudo é conhecida como alimentação com restrição temporal. É feita designando períodos do dia nos quais as pessoas podem consumir o que quiserem; a seguir "jejuar" fora desses momentos nos quais podem comer. Outros métodos são o jejum em dias alternados ou a famosa dieta 5:2. Nesta última, as pessoas comem uma quantidade "normal" de cerca de 2.000 calorias por dia em cinco dias da semana, mas nos outros dois dias, restringem o aporte calórico a 500 calorias por dia.
"Jejum intermitente" é um conceito amplo que engloba todas estas diferentes estratégias.
O trabalho do Dr. Ethan se fundamenta em mais de uma década de pesquisas sobre este tipo de plano alimentar feitas por cientistas, como a professora de nutrição Dra. Krista Varady, Ph.D., da University of Illinois nos EUA, que apresentou um panorama geral dos seus próprios estudos na última reunião virtual da European Association for the Study of Diabetes (EASD) Annual Meeting 2020.
Embora grande parte do trabalho tenha sugerido que a menor duração do período de alimentação nesse tipo de dieta leva a uma menor ingestão calórica e perda ponderal, evitando a enfadonha necessidade de contar calorias das dietas convencionais, os dados do Dr. Ethan – publicados no ano passado – jogam areia na engrenagem e agora comprometem as evidências.
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Fonte: Medscape