Fazer perguntas específicas a um paciente apreensivo em relação a perda de memória pode orientar a decisão de encaminhamento, de acordo com uma nova pesquisa.
As primeiras perguntas devem ser sobre o que o paciente tem esquecido, disse a Dra. Megan Richie, neurologista na University of California, San Francisco, nos Estados Unidos, que apresentou uma palestra on-line no American College of Physicians (ACP) Internal Medicine Meeting 2021 .
O paciente vem esquecendo de comprar artigos em lojas, tendo dificuldade de lembrar de algumas situações ou tem esquecido datas importantes? Com que frequência isso ocorre?
Essas perguntas ajudam a compreender a dimensão e a probabilidade de a perda de memória estar comprometendo a vida desses pacientes em comparação com uma queixa subjetiva, que não tem muito impacto na funcionalidade do cotidiano, disse ela.
Também é importante perguntar se outros sintomas neurocognitivos acompanham a perda de memória, observou a Dra. Megan.
O paciente perde as palavras, tem problemas de concentração ou relacionados com as funções executivas? Apresenta sintomas psiquiátricos como alucinações ou delírios ou outras queixas neurológicas como fraqueza, dormência, alteração da visão ou distúrbios do movimento?
Quando você souber quantos sintomas neurocognitivos ele tem, pense em como esses sintomas estão afetando a segurança e o estado funcional desse paciente, em como é a vida cotidiana dele, sugeriu a Dra. Megan.
Também pergunte se o paciente está tomando algum medicamento e se ele dirige. Caso ele dirija, costuma se perder?
"Tudo isso vai te ajudar a determinar a precisão da investigação clínica", disse.
Depois da anamnese completa, a triagem cognitiva é o próximo passo.
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Fonte: Medscape