Dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI), disponíveis na plataforma do DataSUS, mostram informações alarmantes: em 2019, a cobertura vacinal em todo o Brasil foi a menor desde o início do século.
O país atingiu apenas 45,65% da meta de vacinação para o ano. O menor índice até então havia ocorrido em 2016, com 50,44% da meta. Curiosamente, o maior índice ocorreu no ano anterior, com 95,07% da meta.
Em todas as regiões do país, analisando-se todas as vacinas disponíveis em 2019, a cobertura foi menor do que em 2018, com o pior resultado na região Nordeste e o melhor resultado na região Sul.
A vacina tríplice viral foi a que alcançou o melhor resultado em 2019, possivelmente devido às campanhas de vacinação contra o sarampo. Ainda assim, houve uma queda de quase 32% nas imunizações em relação ao ano anterior.
Vacinas como a BCG e a primeira dose da vacina contra a hepatite B, que apresentavam índices de cobertura bastante elevados em 2018 (97,72% e 86,73%, respectivamente) e nos anos anteriores, tiveram quedas expressivas, para 52,95% e 48,33%, respectivamente. Essas vacinais, muitas vezes aplicadas na maternidade, logo após o nascimento da criança, sempre estiveram entre os índices mais elevados de adesão.
A meta de vacinação para crianças no primeiro ano de vida varia de 90% a 95%, a depender da vacina. Abaixo desse índice, existe o risco de retorno de doenças já eliminadas ou de aumento da transmissão de doenças que estavam sob controle.
Os dados mostram que oito das nove vacinas indicadas para crianças de até um ano tiveram queda na adesão, e nenhuma delas atingiu a meta de 90% a 95%.
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Fonte: Medscape