A depressão no idoso apresenta características, fatores de risco e comorbidade muitas vezes diferentes daqueles presentes em adultos mais jovens. A categoria também tem maior sensibilidade aos medicamentos antidepressivos, pela maior suscetibilidade a efeitos colaterais relacionados.
A anamnese é fundamental para recolher dados importantes como história psiquiátrica pessoal e familiar, uso de medicamentos, funcionalidade, avaliação cognitiva e social.
A abordagem da ideação suicida é essencial, já que idosos com a doença têm maior risco de suicídio, em especial os do sexo masculino. É importante observar também a possibilidade de surgimento de sintomas cognitivos, levando a um quadro semelhante a demência, que pode melhorar com o tratamento.
Algumas características peculiares da depressão no idoso:
Humor deprimido
Anedonia
Sintomas somáticos (ex.: perda de peso, dores mal compensadas)
Irritabilidade e ansiedade associadas
O tratamento pode ser farmacológico ou não. Sem medicamentos, as indicações podem ser mudanças no estilo de vida, psicoterapia e eletroconvulsoterapia (ECT).
Os antidepressivos têm eficácia semelhante, e a atenção maior deve ser ao perfil de segurança e de efeitos adversos, razão principal para a diferenciação entre medicamentos de primeira e segunda linha. As doses iniciais no idoso geralmente são menores do que as recomendadas em jovens adultos.
Fonte: Pebmed