Menos de 10% dos pais dos Estados Unidos seguiram as recomendações para garantir a segurança durante o sono de seus bebês de até um ano, tanto no início da noite como após o despertar noturno, de acordo com uma pesquisa publicada no periódico Pediatrics que avaliou 1.500 pais.
A morte relacionada ao sono ainda é uma das principais causas de mortalidade infantil nos Estados Unidos, apesar do sucesso inicial das campanhas de saúde pública para garantir a segurança dos bebês durante o sono, como “Back to Sleep” (equivalente à campanha “Dormir de barriga para cima é mais seguro”, lançada pela Pastoral da Criança em 2009), muitos pais insistem em comportamentos arriscados, como deitar o bebê de bruços e compartilhar a cama com eles, escreveram a Dra. Mersine A. Bryan, médica da University of Washington, nos EUA, e seus colaboradores. “Embora o despertar noturno seja comum entre bebês, a segurança das práticas no segundo sono recebe ainda menos atenção.”
Buscando avaliar a prevalência e a segurança das práticas do segundo sono infantil, os pesquisadores realizaram uma pesquisa on-line transversal para coletar informações sobre as práticas para garantir a segurança dos bebês de até 12 meses durante o sono. Dentre os respondentes, houve 74% do sexo feminino, 65% de brancos, 12% de negros e 17% de hispânicos. A média de idade dos bebês era de 6,6 meses e 24% tinham até três meses de vida.
A pesquisa contou com o relato dos pais sobre três práticas visando a segurança do bebê durante o sono, pautadas nas Safe Infant Sleep Guidelines de 2016 da American Academy of Pediatrics: colocar o bebê para dormir (1) em decúbito dorsal, (2) em um espaço só dele (em comparação com dividir a cama) e (3) em uma superfície/local seguro (como moisés, berço ou cercado versus cama de adulto) aprovada/o por um órgão regulatório.
Os pais foram solicitados a relatar suas condutas ao início do sono do bebê e após o despertar noturno e os pesquisadores usaram uma pontuação composta para determinar se as condutas de segurança foram cumpridas nos dois momentos.
Dos 1.500 participantes, 581 (39%) reportaram alguma conduta de segurança no segundo sono. Dos 482 que reportaram as três condutas de segurança nos dois momentos, 29% preencheram os três critérios de segurança durante o início do sono e 9% preencheram todos os três critérios de segurança durante o início do sono e após o despertar noturno.
Dos pais que relataram condutas de segurança no segundo sono, 39% relataram mudanças de conduta após o despertar noturno. Significativamente mais pais que alternaram de conduta entre o primeiro e o segundo sono dos bebês passaram de uma conduta mais segura para outra menos segura, observaram os pesquisadores.
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Fonte: Medscape