Nesta segunda-feira, 26, o Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica onde é comunicada a inclusão de mulheres grávidas e também puérperas como prioridade na vacinação contra a Covid-19.
Desde o dia 15 de março, mulheres grávidas e no puerpério com comorbidades já eram prioridade e continuam nesta posição, sendo seguidas pelas gestantes e puérperas sem doenças preexistentes.
Grávidas como prioridade
Na nota, o Ministério afirma ser “altamente provável” que o benefício de grávidas e puérperas tomarem vacina seja muito maior do que os riscos oferecidos pelas vacinas contra a Covid-19 e, portanto, se tomou a decisão de incluir estes grupos como prioridade na vacinação.
A definição do Ministério da Saúde vem após grande preocupação com a média de mortes semanais de grávidas e de mães de recém-nascidos por Covid-19 em 2021. Os números dobraram em relação ao último ano e estão acima da média da população em geral, de acordo com dados do levantamento do Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 (OOBr Covid-19).
Vacina nos grupos prioritários
Desta forma, os critérios de prioridades apresentados pelo governo no Plano de Vacinação se desenham da seguinte forma:
Fase 1: Vacinação proporcional, de acordo com o número de doses disponíveis.
- Pessoas com síndrome de Down, independentemente da idade;
- Pessoas com doença renal crônica em terapia de substituição renal (diálise) independentemente da idade;
- Gestantes e puérperas com comorbidades, independentemente da idade;
- Pessoas com comorbidades de 55 a 59 anos;
- Pessoas com deficiência permanente cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) de 55 a 59 anos.
Fase 2: Vacinação proporcional, segundo as faixas de idade de 50 a 54 anos, 45 a 49 anos, 40 a 44 anos, 30 a 39 anos e 18 a 29 anos.
- Pessoas com comorbidades;
- Pessoas com deficiência permanente cadastradas no BPC;
- Gestantes e puérperas independentemente de doenças pré-existentes.
Um estudo publicado nos EUA, em março de 2021, concluiu que a vacinação da Covid-19 em gestantes é segura e com poucos efeitos colaterais vacinais, oferecendo imunogenicidade semelhante às não gestantes. Os testes foram feitos com as vacinas da Pfizer/BioNtech e Moderna (RNAm de SARS-COV-2). Além disso, a transferência de anticorpos para os fetos e recém-nascidos se deu tanto através da barreira placentária, como pelo leite materno.
Fonte: PebMed