Nova pesquisa mostra que adultos totalmente vacinados contra a covid-19 raramente morrem da doença, embora idosos e pessoas imunocomprometidas e com comorbidades tenham maior probabilidade de desfechos graves e morte.
A vacinação contra o SARS-CoV-2 é altamente eficaz na prevenção de hospitalização e morte associadas à covid-19, mas alguns indivíduos vacinados podem apresentar desfechos graves na covid-19.
Usando informações provenientes de 465 centros registrados no Premier Healthcare Database Special COVID-19 Release (PHD-SR), um grande banco de dados de saúde dos Estados Unidos, os pesquisadores analisaram a frequência e os fatores de risco de desfechos graves entre adultos com covid-19 que haviam completado o primeiro ciclo vacinal, definido no estudo como ter recebido a segunda dose da vacina anticovídica de RNA mensageiro (RNAm) da Pfizer-BioNTech ou da Moderna ou a dose única da vacina anticovídica da Johnson & Johnson há pelo menos duas semanas.
Tanto desfechos graves como morte associados à covid-19 foram eventos raros após a conclusão do primeiro ciclo vacinal, segundo a Dra. Christina Yek, médica dos National Institutes of Health dos EUA e seus colaboradores da Equipe de Resposta à covid-19 dos Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos EUA.
O estudo foi publicado on-line em 06 de janeiro no Relatório Semanal de Morbidade e Mortalidade dos CDC.
Dos 1.228.664 adultos que concluíram o primeiro ciclo vacinal de dezembro de 2020 a outubro de 2021, 2.246 (18,0 por 10.000 pessoas vacinadas) tiveram covid-19 e 189 (1,5 por 10.000) apresentaram algum desfecho grave, incluindo os 36 casos de morte associada à covid-19 (0,3 por 10.000).
Embora os achados sejam relevantes para os casos de infecção anteriores ao surgimento da variante Delta ou que ocorreram durante o surto de Delta, os pesquisadores fizeram uma ressalva: Os "achados podem não se aplicar ao risco da variante B.1.1.529 (Ômicron) do SARS-CoV-2 ou de futuras variantes".
Doenças subjacentes
Desfecho grave associado à covid-19 foi definido como: hospitalização com diagnóstico de insuficiência respiratória aguda, necessidade de suporte ventilatório não invasivo, admissão em unidade de terapia intensiva (incluindo todas as pessoas que necessitaram de ventilação mecânica invasiva) ou morte (incluindo alta para unidades de cuidados paliativos).
O risco de desfechos graves foi maior para pessoas com 65 anos ou mais (razão de chances ajustada, RCa, de 3,22; intervalo de confiança, IC, de 95% de 1,81 a 5,74) e imunocomprometidas (RCa de 1,91; IC 95% de 1,37 a 2,66). O risco de desfechos graves também foi maior para as pessoas com alguma das seguintes comorbidades:
- Doença pulmonar (RCa de 1,69; IC 95% de 1,31 a 2,18)
- Doença hepática (RCa de 1,68; IC 95% de 1,12 a 2,52)
- Doença renal crônica (RCa de 1,61; IC 95% de 1,19 a 2,19)
- Doença neurológica (RCa de 1,54; IC 95% de 1,06 a 2,25)
- Diabetes (RCa de 1,47; IC 95% de 1,14 a 1,89)
- Cardiopatia (RCa de1,44; IC 95% de 1,01 a 2,06)
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Fonte: Medscape