O novo coronavírus SARS-CoV-2 (sigla do inglês, Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2), se mantém viável horas nos aerossóis e dias nos fômites, segundo novo estudo.
Os dados indicam que a estabilidade do novo vírus é semelhante à do SARS-CoV-1 que causou a epidemia de SARS, escreveram os pesquisadores em um artigo publicado no medRxivpreprint server. (Uma versão deste artigo foi publicada on-line no periódico New England Journal of Medicine.)
A transmissão do SARS-CoV-2, que causa a Covid-19 (sigla do inglês, Coronavirus Disease 2019), ultrapassou rapidamente a dimensão da epidemia de SARS em 2003. A "superdisseminação" da doença SARS de 2003 ocorreu por infecção durante procedimentos médicos, nos quais um único indivíduo infectado gerou muitos casos secundários. Em contraste, o novo coronavírus parece se propagar mais por transmissão inter-humana em vários contextos.
No entanto, ainda não se sabe o grau de contágio das pessoas assintomáticas ou pré-sintomáticas em suas atividades diárias de rotina.
Para descobrir quanto tempo o SARS-CoV-2 permanece infectante no ambiente, a Dra. Neeltje van Doremalen, Ph.D., do Laboratory of Virology, Division of Intramural Research, National Institute of Allergy and Infectious Diseases nos EUA, e colaboradores fizeram experimentos de simulação no qual compararam a viabilidade do SARS-CoV-2 à do SARS-CoV-1 em aerossóis e fômites.
Entre os pacientes infectados com SARS-CoV-2, a carga viral no trato respiratório superior é alta; como consequência, as secreções respiratórias em aerossóis (< 5 μm) ou gotículas (> 5 μm) é provável, indicaram os autores.
Dra. Neeltje e colaboradores utilizaram nebulizadores para fazer aerossóis. Amostras do SARS-CoV-1 e do SARS-CoV-2 foram coletadas em 0, 30, 60, 120 e 180 minutos em um filtro de gelatina. Os pesquisadores a seguir testaram a infectividade do vírus em cultura de células Vero.
A equipe descobriu que o SARS-CoV-2 permaneceu estável durante grande parte dos 180 minutos do teste, com apenas um discreto declínio em três horas. Este tempo é semelhante ao do SARS-CoV-1; os dois vírus têm meia-vida média em aerossóis de 2,7 horas (intervalo de 1,65 h para SARS-CoV-1 vs. 7,24 h para o SARS-CoV-2).
Os pesquisadores então testaram o vírus em uma grande variedade de superfícies por até sete dias, utilizando valores de umidade e temperatura projetados para refletir as "diferentes situações domésticas e hospitalares". Os volumes de exposição viral que a equipe usou foram compatíveis com os valores encontrados no trato respiratório humano, superior e inferior.
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Fonte: Medscape