Os dramáticos avanços das terapias direcionadas para o tratamento do melanoma em estágio avançado ganharam as manchetes, mas um recente estudo australiano concluiu, sem alarde, que a maneira mais custo-efetiva de reduzir a incidência de melanoma e as mortes causadas pela doença em longo prazo é realizar prevenção primária por meio do uso diário de filtro solar, de acordo com a Dra. Laura Korb Ferris, Ph.D., dermatologista e diretora de ensaios clínicos do Departamento de Dermatologia da University of Pittsburgh, nos Estados Unidos.
O estudo de custo-efetividade comparou a estimativa de impacto em longo prazo de três abordagens diferentes para o controle do melanoma: (1) estratégia de prevenção primária, que consistia basicamente em promover o uso diário de filtro solar e outras formas de proteção contra o sol; (2) estratégia de detecção precoce por meio de avaliação dermatológica do corpo inteiro realizada por um médico anualmente a partir dos 50 anos de idade; e (3) nenhuma intervenção. A análise forneceu estimativas do número de casos de melanoma, mortes por melanoma, câncer de pele não relacionados com melanoma e desfechos de qualidade de vida ao longo de 30 anos – começando com homens e mulheres de 50 anos de idade.
A prevenção primária por meio da proteção solar foi a clara vencedora, conforme demonstrado pelos resultados:
- Redução de 44,0% na incidência de casos de melanoma, em comparação com a detecção precoce por meio de avaliação dermatológica anual.
- Redução de 39,0% na projeção de mortes por melanoma, em comparação com a detecção precoce por meio de avaliação dermatológica anual, que, por sua vez, alcançou uma redução de apenas 2,0% em comparação com nenhuma intervenção.
- Redução de 27,0% dos casos de carcinomas de queratinócitos excisados em comparação com a detecção precoce por meio de avaliação dermatológica anual.
- Redução de 21,7% nos custos sociais, em comparação com a detecção precoce por meio de avaliação dermatológica anual.
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Fonte: Medscape